
Seguindo o curso das majestosas águas do Rio Reno, assim que se avança sobre a região da Renânia, depara-se com a bela cidade de Colônia (Köln, em alemão). Dona de um dos mais importantes portos fluviais da Alemanha, a cidade é fortemente influenciada pelo catolicismo romano.
Seguramente, a elevação religiosa mais imponente de toda a região do Reno é a Catedral de Colônia (Kölner Dom), cuja construção teve início no século XIII e levou mais de meio milênio para ser finalizada. Como a catedral foi construída a partir de uma antiga igreja romana ali preexistente, o local nunca cessou de servir como destino de peregrinações – sobretudo porque, já em 1164, o arcebispo Rainald von Dassel havia depositado no local o relicário que continha os alegados restos mortais dos três reis magos bíblicos (Baltazar, Melchior e Gaspar). Esse relicário lá permanece até a atualidade.
As alterosas torres da catedral rasgam o céu de Colônia com os seus espetaculares 157 metros verticais, tendo feito com que a edificação fosse aclamada como a mais alta do mundo, à época de sua construção.
A localização de Colônia, no extremo ocidente da Alemanha, fez com que a cidade constituísse uma “presa fácil” para as garras das tropas da Revolução Francesa. Em meados de 1794, os franceses tomaram a construção e passaram a fazer uso profano de suas instalações. O fato curioso é que nessa data as obras da catedral ainda não haviam sido concluídas. E muito mais curioso foi o efeito que essa profanação ocasionou sobre as mentes e corações dos habitantes de Colônia: assim que expulso o invasor francês, o povo uniu-se apaixonadamente visando a finalização de tão demorada obra. Com efeito, em 1842 concluiu-se a construção da Kölner Dom, que na fase final contou com generosas provisões financeiras do Tesouro Prussiano – que fatalmente visualizou neste episódio um elemento de reforço nacionalista prussiano em tão vulnerável região.
Também as bombas da Segunda Guerra Mundial tentaram derrubar a catedral, mas os 14 ataques contra ela lançados não foram suficientes para levá-la abaixo. Em que pesem feridas tenham remanescido em suas estruturas, o santuário segue sendo a “ewige Baustelle” (construção eterna) dos renanos – nome nada exagerado para quem já sobreviveu a Napoleões e Hitlers, mas ainda assim conseguiu se manter fulgurantemente ereta.
O selo apresentado, que é parte de minha coleção pessoal, mostra a parte externa da Catedral de Colônia. Trata-se de uma comemoração dos correios alemães pela classificação desse edifício como Patrimônio Cultural Mundial pela UNESCO.
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